Li esse texto na "Veja" dessa semana e gostaria de compartilhar com as irmãs e leitores. O achei muito interessante, e ver pessoas nos alertando em como olhar o mundo num veículo de comunicação tão forte é porque de fato o ser humano está a cada dia deixando de "ser humano" e perdendo o foco.
O texto tem por título: "O GOSTO DA SURPRESA"
E o contexto nos falará de que: "TUDO DEPENDE DO OLHAR. A GENTE TANTO PODE OLHAR SEM VER NADA, QUANTO SE MARAVILHAR, UMA CAPACIDADE NATURAL NA CRIANÇA E QUE O ADULTO PRECISA CONQUISTAR."
Nada é melhor do que se surpreender, olhar o mundo com olhos de criança.Por isso as pessoas gostam de viajar. Nem o trânsito, nem a fila no aeroporto, nem o eventual desconforto do hotel são empecilhos neste caso. Só viajar importa ir de um para outro lugar e se entregar à cena que se descortina. Como aliás, no teatro.O turista compra a viagem baseado nas garantias que a agência de turismo oferece, mas se transporta em busca de surpresa.
Porque é dela que nós precisamos mais.
Isso explica a célebre frase "navegar é preciso, viver não", erroneamente atribuída a Fernando Pessoa, já que data da idade média.Agora não é necessário se deslocar do espaço para se surpreender e renovar.Olhar atentamente uma flor, acompanhar o seu desenvolvimento, do botão à pétala caída, pode ser tão enriquecedor quanto visitar um monumento histórico.Tudo depende do olhar. A gente tanto pode olhar sem ver nada quanto se maravilhar, uma capacidade natural da criança que o adulto precisa conquistar, suspendendo a agitação da vida cotiadiana e não se deixando absorver por preocupações egocêntricas. Como diz um provérbio chinês: A lua só se reflete perfeitamente numa água tranquila.O que nós vemos e ouvimos depende de nós.
A meditação nos afasta do clamor do cotiadiano e nos permite, por exemplo, ouvir a nossa respiração. Quem escuta com o espírito, e não com o ouvido percebe os sons mais sutis. Ouve o silêncio que é o mais profundo de todos os sons.
Porque o silêncio nos permite ouvir "uma voz que fala ao nosso coração e essa voz só é ouvida quando dispensamos tempo para a entendermos".Há milênios, os asiáticos, que valorizam a longevidade, se exercitam na meditação, enquanto nós ocidentais, evitamos o desligamento que ela implica. Por imaginarmos que sem estar ligado não é possível existir, ignoramos que o afastamento do círculo habitual propicia uma experiência única de nós mesmos, uma experiência sempre nova. (Pois precisamos ter a certeza de quem nós somos, precisamos nos conhecer de verdade e isso só se dá quando dispensamos tempo para nos conhecermos).
Desde a idade média, muitos séculos se passaram. Mas o lema dos navegadores continua atual. Surpreender-se é preciso. A surpresa é a verdadeira fonte da juventude, promessa de renovação e vida.
Penso que o Senhor Jesus quando disse deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o reino dos céus. Com certeza ele estava nos alertando para sermos como elas olharmos as coisas com um olhar mais puro. Dispensarmos tempo para estarmos junto com o Senhor, e não nos prendermos a todo tipo de relacionamento no mundo. Dispensamos tanto tempo para nos relacionar e tão pouco para nós mesmos não é verdade??
Ouvi uma mensagem onde o pregador mencionou que Jó procurou Jesus em um dado momento por todos os lados, mas se esqueceu de olhar pra dentro de si, e Jesus estava lá.... Que nós não venhamos perder a oportunidade de ouvir Deus no silêncio, nem de encontrá-lo por não termos tempo de olhar pra nós mesmos, ou não olharmos com olhar de criança.
Um abraço a todos!
Lú...Souza.
Porque é dela que nós precisamos mais.
Isso explica a célebre frase "navegar é preciso, viver não", erroneamente atribuída a Fernando Pessoa, já que data da idade média.Agora não é necessário se deslocar do espaço para se surpreender e renovar.Olhar atentamente uma flor, acompanhar o seu desenvolvimento, do botão à pétala caída, pode ser tão enriquecedor quanto visitar um monumento histórico.Tudo depende do olhar. A gente tanto pode olhar sem ver nada quanto se maravilhar, uma capacidade natural da criança que o adulto precisa conquistar, suspendendo a agitação da vida cotiadiana e não se deixando absorver por preocupações egocêntricas. Como diz um provérbio chinês: A lua só se reflete perfeitamente numa água tranquila.O que nós vemos e ouvimos depende de nós.
A meditação nos afasta do clamor do cotiadiano e nos permite, por exemplo, ouvir a nossa respiração. Quem escuta com o espírito, e não com o ouvido percebe os sons mais sutis. Ouve o silêncio que é o mais profundo de todos os sons.
Porque o silêncio nos permite ouvir "uma voz que fala ao nosso coração e essa voz só é ouvida quando dispensamos tempo para a entendermos".Há milênios, os asiáticos, que valorizam a longevidade, se exercitam na meditação, enquanto nós ocidentais, evitamos o desligamento que ela implica. Por imaginarmos que sem estar ligado não é possível existir, ignoramos que o afastamento do círculo habitual propicia uma experiência única de nós mesmos, uma experiência sempre nova. (Pois precisamos ter a certeza de quem nós somos, precisamos nos conhecer de verdade e isso só se dá quando dispensamos tempo para nos conhecermos).
Desde a idade média, muitos séculos se passaram. Mas o lema dos navegadores continua atual. Surpreender-se é preciso. A surpresa é a verdadeira fonte da juventude, promessa de renovação e vida.
Penso que o Senhor Jesus quando disse deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o reino dos céus. Com certeza ele estava nos alertando para sermos como elas olharmos as coisas com um olhar mais puro. Dispensarmos tempo para estarmos junto com o Senhor, e não nos prendermos a todo tipo de relacionamento no mundo. Dispensamos tanto tempo para nos relacionar e tão pouco para nós mesmos não é verdade??
Ouvi uma mensagem onde o pregador mencionou que Jó procurou Jesus em um dado momento por todos os lados, mas se esqueceu de olhar pra dentro de si, e Jesus estava lá.... Que nós não venhamos perder a oportunidade de ouvir Deus no silêncio, nem de encontrá-lo por não termos tempo de olhar pra nós mesmos, ou não olharmos com olhar de criança.
Um abraço a todos!
Lú...Souza.
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